quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Chris Flores

"Dentro e fora da tevê sou a mesma pessoa e vivo uma vida normal"

Ela chegou de mansinho na tevê para comentar sobre o mundo dos famosos. Com carisma e talento, conseguiu seu espaço como apresentadora do programa "Hoje em Dia", da "Rede Record". Hoje, aos 32 anos, Chris Flores é uma celebridade também, embora confesse que o que mais quer é viver e ser feliz.

Como começou sua carreira?

Comecei aos 17 anos na área de comunicação. Depois fui repórter e editora de uma revista de celebridades. Em televisão foi meio que por acaso mesmo. A revista onde eu trabalhava ganhou um quadro num programa de tevê para falar sobre novelas, e a minha chefe na época me designou para fazer esse quadro. Na Rede Record, comecei no programa Tudo a Ver e, no início, era bem tranquilo, pois eu falava de celebridades; era algo que eu dominava e durante muito tempo consegui manter os dois trabalhos, na tevê e na revista.

E para fazer parte do Hoje em Dia, como aconteceu?

Comecei sem pretensão nenhuma. Vinha, falava as notícias, só que o trabalho começou a crescer, ficava mais tempo no ar e me convidaram para cobrir as férias da Ana Hickmann. Meu diretor disse que daria tudo certo e eu topei o desafio. No meu aniversário, eles me disseram no ar que a partir daquele dia eu seria apresentadora do programa. Não foi nada planejado, foi acontecendo.

Quais foram os maiores desafios?

É uma loucura trabalhar ao vivo. A gente fica com o ponto no ouvido para ouvir o que o diretor fala, tendo que pensar o que vai falar, e há mais três pessoas no programa; tenho que escutar e responder. Tive que aprender na raça.

O que você aprendeu durante esse tempo?

Aprendi que o programa trata todo tipo de assunto, aprendi a me policiar, pensar muito antes de falar, pois qualquer comentário não comedido pode tomar determinadas proporções, ser interpretado de outra forma. Aprendi a recomeçar do zero, pois eu parei de escrever e comecei a falar.

Como você lida com as críticas?

Em primeiro lugar, eu me cobro muito. Quando me assisto, penso que poderia ter agido de outra forma, falado isso em vez daquilo. Confesso que ainda sofro com algumas críticas porque sou muito intensa no que faço, sou eu mesma. Não interpreto um personagem. Tanto que quando as pessoas nos conhecem falam: “Nossa, é igual na tevê.” Claro que é igual, porque a gente é o que é. Mas sei que não agrado todo mundo. O programa em si recebe poucas críticas. Eu leio todas as cartas e emails que chegam na produção e a maioria são elogios.

E com a imprensa? Porque, até outro dia, você era uma repórter.

Pois é, no início eu pedia para não falarem de mim, nem bem nem mal, porque não sou artista, sou uma jornalista que está como apresentadora. Mas estou aprendendo a conciliar isso.

Como é a sua rotina de trabalho?

Acordo no máximo às 6h da manhã e vou para a emissora. Pelo menos uma vez por semana gravo também o Ressoar, que vai ao ar pela Record News. Gravamos externas também. Mas quando não estou trabalhando, estou em casa, com a minha família, o meu filho, Gabriel, de 4 anos. E, sempre que posso, o levo nas viagens que faço.

Como você concilia a vida profissional com a família?

Eu tenho um marido maravilhoso que leva o nosso filho à escola de manhã. Eu fiz a opção de não ter babá e, além do meu marido, conto com a minha mãe e minha sogra. De manhã, meu filho vai para a escolinha; à tarde, fica na creche. Enquanto estou trabalhando, meu filho está fazendo uma série de coisas, aprendendo, estudando. Quando estamos juntos, me dedico com exclusividade a ele.

Pensa em ter mais filhos?

Gostaria, mas é inviável no momento. Eu realizaria o desejo de ser mãe mais uma vez, mas não realizaria o sonho dela de ser filha. Estou feliz com o meu trabalho, minha família e hoje como as mulheres estão engravidando mais tarde. Quem sabe não realizo esse sonho depois?

Quais são seus planos no âmbito profissional?

Eu não faço planos (rs). Nunca planejei trabalhar em televisão e estou como apresentadora. Sou muito tranquila nesse sentido. Sou uma pessoa persistente, claro, mas não a ponto de dizer: “Esse é meu objetivo e se não acontecer serei a pessoa mais frustrada do mundo”, que é o que acontece com muita gente que acaba desistindo de tudo. Tenho planos de fazer rádio, que eu acho que será uma experiência bacana, no sentido da improvisação, pensamento rápido. Quero montar o meu site e, quem sabe, enveredar por esse caminho da internet, mas, enfim, no momento falta tempo. Sinto falta de escrever. Até o meu Blog no R7 está desatualizado, mas eu mesma prefiro escrever. Se colocasse outra pessoa para atualizá-lo não estaria sendo verdadeira com o meu público. Prefiro que demore para ser atualizado, mas que o público possa ter certeza que fui eu que escrevi.

O que mudou em sua vida depois que começou a trabalhar na tevê?

Eu sou uma pessoa muito simples. Sou o que vocês veem na tevê. Moro no mesmo bairro; só troquei de apartamento para dar um pouco mais de conforto para o meu filho. Frequento os mesmos lugares, os mesmos restaurantes, meus amigos são os mesmos e faço questão de passar valores para o meu filho. Ele tem que saber o que é pegar fila, pedir desculpas, por favor. Estou trocando ele de escola e quero que meu filho aprenda a conviver desde cedo com as diferenças e saber respeitá-las, e onde possa desenvolver também trabalhos sociais. Viver a realidade de pessoas normais. Não ligo para luxo, joias. Quero viver, quero ser feliz. A televisão me deu recursos financeiros, posso viajar, jantar em lugares bacanas, mas não posso esquecer da vida real. Dentro e fora da tevê sou a mesma pessoa e vivo uma vida normal.

Recentemente, você fez uma viagem com o seu filho para a Disney, como foi?

Essa é uma das coisas legais do dinheiro: poder viajar. Foi uma viagem super bacana, que ganhei no dia do meu aniversário. Mas, para ganhá-la, tive que atravessar a passarela do Hoje em Dia. Meu filho estava acompanhando e, confesso, fiz isso por ele, por conta da expectativa dele. Mãe faz cada coisa pelo filho...

Como é o seu contato com o público

Muito bom. E eu entendo o assédio do público, porque pode ser a única vez que aquela pessoa vai te ver na vida. E pelo fato de entrarmos na casa das pessoas todos os dias, receber essa pessoa com decência, educação, carinho é o mínimo que se pode fazer. O meu trabalho é em função delas, e os fãs devem ser tratados com respeito.

Fonte: Arca Universal

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